top of page

CRONOGRAMA DE PALESTRAS

19.10.2021, TERÇA-FEIRA - 19H

Profª. Drª. Adriana Vidotte*

Adriana Vidotte_1.jpeg

“Onde fica o Inferno e o que é”. O inferno na Imagem do Mundo de Gossouin de Metz (séc. XIII)

​

A proposta é discutir o conceito de inferno em uma obra enciclopédica do século XIII, a Imagem do mundo de Gossouin de Metz. Em primeiro lugar, se analisa, na obra, a noção de mundo e a representação ordenada de seu funcionamento. Em seguida, se destaca a presença do inferno nesse mundo ordenado, aprofundando na sua localização geográfica e na paisagem natural que o caracteriza.

​

 

Adriana Vidotte é Doutora em História pela Universidade Estadual Paulista. Professora dos cursos de graduação e pós-graduação da Faculdade de História da Universidade Federal de Goiás e do Mestrado Profissional em História Ibérica da Universidade Federal de Alfenas. Coordenadora do Núcleo UFG do Laboratório de Estudos Medievais (LEME-UFG). Vice-presidente da Associação Brasileira de Estudos Medievais (ABREM).

Profª. Drª. Aline Dias da Silveira*

Onde fica o Além?: lugares (sobre)naturais na cosmografia medieval

​

A ideia do sobrenatural sempre existiu? Qual a ideia de espaço natural e o além no medievo? Inferno? Paraíso? Mundo das fadas? Como que isso está representado nos mapas medievais? Todas essas são questões que acompanham as interpretações mais recentes sobre a geografia ou cosmografia medieval e serão desenvolvidas nesta palestra na IV Semana Infernal.


Este trabalho faz parte do projeto de pesquisa “Consciência de Globalidade e a Imago Mundi Medieval: a cosmografia do scriptorium afonsino e sua historicidade”, desenvolvida pela profa. Aline Dias da Silveira no departamento de História.

​

​

 

* Aline Dias da Silveira nasceu em Porto Alegre, fez graduação e mestrado em História na Universidade Federal do Rio Grande do Sul e doutorado naUniversidade Humboldt de Berlim/Alemanha. Atualmente, é professora associada dodepartamento de História da Universidade Federal de Santa Catarina e coordenadora doNúcleo Interdisciplinar de Estudos Medievais – Meridanum CNPq/UFSC, junto com a profa. Mariana Paolozzi do departamento de Filosofia.

Aline1 - (1x1).jpg

20.10.2021, QUARTA-FEIRA - 19H

Prof. Dr. Daniel Lula Costa*

Imagem1.jpg

O INFERNO DE DANTE E SEUS HÍBRIDOS: ENTRE IMAGENS, MITOS E PALAVRAS

​

A nossa jornada é composta por uma descida aos nove círculos infernais, sendo guiados pelos seres híbridos dantescos. O objetivo da palestra é apresentar o Inferno de Dante presente na Commedia por meio dos seus seres híbridos, além das relações entre as imagens dos manuscritos e as palavras da poesia dantesca. O método de abordagem é operacionalizado pela revelação figural, a qual possibilita uma leitura das presenças de mundos passados, teoria dinamizada por Hans Ulrich Gumbrecht, de alegoria de Walter Benjamin e pré-figuração e figuração de Erich Auerbach. Apresentaremos o Inferno de Dante por meio de seus seres híbridos, relacionando-os ao espaço e às temporalidades antigas que saltam para o imaginário do inferno medieval.

​

​

 

Daniel Lula Costa possui doutorado em História Cultural pela Universidade Federal de Santa Catarina (2019) com período de doutorado sanduíche na Universitá di Bologna, Especialização em História das Religiões pela UCAM, mestrado em História pela Universidade Estadual de Maringá (2013) e graduação em História pela mesma universidade (2010). Integra os seguintes grupos de pesquisa: Meridianum-UFSC (Núcleo Interdisciplinar de Estudos Medievais) e HCIR-UEM (Grupo de Pesquisa em História das Crenças e das Ideias Religiosas). Suas pesquisas versam sobre História Antiga e Medieval, História das Religiões, mitologias, Dante Alighieri, inferno, Bestiários, revelação figural e seres híbridos antigos e medievais.

Prof. Dr. Cássio de Araújo Duarte*

As Metáforas da Realidade Invisível: O Pós Vida a partir das Cenas de Ataúdes e Papiros da 21ª Dinastia

​

Célebres por sua devoção religiosa, os antigos egípcios se notabilizaram pela suntuosidade de seus templos, pela sofisticação de seus rituais e por todo um sistema simbólico que incorporou diversos aspectos da existência. No decorrer de um longo e complexo processo histórico, toda uma rede de crenças se desenvolveu mapeando, nomeando e explicando as geografias, os fenômenos e os seres que habitam as dimensões terrena e sobrenatural, influenciando diretamente as doutrinas e práticas funerárias. Por meio desta apresentação objetivamos proporcionar um vislumbre acerca dos conceitos sobre o pós vida e do mundo do além no Egito antigo tendo como base a iconografia dos ataúdes e papiros funerários da 21ª dinastia e seu cruzamento com fontes de períodos anteriores.

​

​

 

Cássio de Araújo Duarte é graduado e licenciado em História (Universidade de São Paulo), mestre e doutor em arqueologia com especialização em egiptologia (Universidade de São Paulo/Université Lille 3). No pós-doutorado deu início aos estudos dos ataúdes funerários da 21ª dinastia, em particular aqueles com cenas do Livro da Câmara Secreta e outras obras religiosas da realeza com vistas a compreender os contextos de uso dessas imagens e sua respectiva intericonicidade.

Imagem2.jpg

21.10.2021, QUINTA-FEIRA - 19H

Prof. João Lupi*

João Lupi - Foto.jpg

“Os Arquitetos do Inferno: Como e Por Quem se Construíram as Ideias sobre o Inferno”

​

A crença na outra vida, ou na vida após a morte, é atestada em todos os povos. Mas as doutrinas e concepções acerca do modo de vida ultra-tumba são muito variáveis. Para os tibetanos o caminho da morte é criado pelas nossas mentes; para os egípcios ele é uma criação dos deuses. Em muitas religiões é possível a um condenado ao inferno contornar os problemas e obter uma vida feliz no além. Mas há muitas divergências entre as religiões acerca do que seja vida eterna, vida espiritual, alma, que tipo de castigo e de prêmio existem, e qual a relação entre os mortos (de algum modo vivos) e os vivos no corpo. Em todos os casos está explícita a ideia de salvação, ou seja, da libertação do mal eterno. Nas religiões em que se insiste na ideia de condenação a suplícios, a doutrina do inferno funciona como previsão de sanções, ou multa, para conter a prática do mal nesta vida terrestre: se tal coisa fizeres irás para o inferno. O inferno é assim, para os líderes religiosos, uma doutrina a serviço da moralidade, mas é um recurso que só produz efeito em condições de fé coletiva intensa, como na Europa medieval. Para os cristãos a ideia de inferno tinha como componente principal o fato de ser o resultado do pecado grave sem arrependimento, cujo suplício maior é pelo fogo, de estar povoado de demônios, e de ser eterno.

 

Com a palavra * João Lupi 

​

Desde o final do segundo grau que comecei a ler sobre História das Religiões e religiões antigas. A vida como religioso jesuíta, missionário em Moçambique e sacerdote intensificou e deu profundidade a esses interesses, dando início aos estudos sobre Filosofia da Religião, Patrística (teologia cristã antiga), e, mais recentemente, Nova Era, e mentalidade religiosa contemporânea. O fato de ter sido dispensado do ministério na Igreja Católica não diminuiu meu interesse, mas me deu mais liberdade de expor opiniões sobre problemas das religiões.

Profª. Drª. Tamara Quírico*

“O INFERNO SÃO OS OUTROS? AS REPRESENTAÇÕES DO LOCUS INFERNAL ENTRE O MARAVILHOSO E O QUOTIDIANO”

​

Se o demônio e o Inferno estão além da história, suas representações – visuais ou literárias – serão sempre produto da História, resultado das escolhas que o homem faz ao decidir como representá-los. Portanto, ainda que tratem de seres e loci fantásticos, esses modos de figuração partirão sempre da realidade, que se interpreta e configura por vezes de maneira distorcida. É disso que trataremos nessa conferência.

​

​

 

* Tamara Quírico é Professora Adjunta do Departamento de Teoria e História da Arte do Instituto de Artes da UERJ, e atuou entre 2019 e 2020 como Pesquisadora Visitante junto à Scuola Normale Superiore di Pisa (Itália). Dedica-se especialmente a pesquisas sobre a pintura italiana entre os séculos XIII e XV, particularmente arte cristã. É autora de diversos estudos relacionados a usos e funções das imagens cristãs e práticas devocionais ligadas a essas imagens. Dentre suas publicações, destaca-se o livro Inferno e Paradiso. As representações do Juízo Final na pintura toscana do século XIV (Editora da Unicamp, 2014). É membro do Comitê Brasileiro de História da Arte (CBHA).

Tamara Quírico. Para site (2).JPG

CRONOGRAMA GERAL

15 de Junho a 13 de Agosto

Inscrições para Comunicadores

15 de Junho a 17 de Outubro

Inscrições para Ouvintes

15 de Setembro

 Envio do comunicado do aceite aos Comunicadores

10 de Outubro

Divulgação da organização das Mesas de Comunicação

15 de Outubro

Publicação dos resumos

19 de Outubro

Início do evento

19 de Dezembro

Envio dos textos completos para publicação

bottom of page